quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

ABERTAS INSCRIÇÕES PARA CONCURSO DA FUNAI

Inscrições para concurso da Funai encerram dia 5 de fevereiro.
As taxas são de R$ 40 para as vagas de nível fundamental, de R$ 50 para as de nível médio, e de R$ 60 para o cargo de nível superior
Encerram 5 de fevereiro as inscrições para o concurso da Fundação Nacional do Índio (Funai), que está ofertando com 425 vagas para níveis fundamental, médio e superior em várias regiões do Brasil. São 32 vagas para Roraima, sendo 10 para nível fundamental, 8 para nível médio e 14 para superior (as vagas são divididas com o Amazonas). Alguns dos aprovados devem trabalhar na Terra Indígena Raposa Serra do Sol.Do total de vagas, 5 % são reservadas aos portadores de necessidades especiais. O concurso será organizado pelo Instituto Cetro. As remunerações são de R$ 3.080,38, R$ 3.321,90 e R$ 4.085,28.
As inscrições serão abertas nesta quinta-feira, 14, e poderão ser feitas até 5 de fevereiro pelo site do Cetro Concursos (http://www.cetroconcursos.com.br/).
As taxas são de R$ 40 para as vagas de nível fundamental, de R$ 50 para as de nível médio, e de R$ 60 para o cargo de nível superiorO número geral de vagas é o seguinte: cargos de auxiliar em indigenismo (51 vagas), agente em indigenismo (150) e indigenista especializado (200). Além de Roraima e Noroeste do Amazonas, as vagas são para Acre e Sudoeste do Amazonas; Rondônia, Noroeste do Mato Grosso e Sul do Amazonas; Goiás, Maranhão e Tocantins; Amazonas Central (incluindo Manaus); Mato Grosso; Amapá e Pará; Mato Grosso do Sul; Sul e Sudeste; Minas Gerais, Sul da Bahia e Espírito Santo; Nordeste (exceto Maranhão) e para a sede em Brasília.As informações foram divulgadas a partir da página 112, terceira seção, do Diário Oficial da União.
O processo seletivo constará de provas objetiva, redação e prova prática para o cargo de auxiliar em indigenismo. As provas objetivas e de redação estão marcadas para o dia de 14 de março, no período da manhã para o cargo de nível médio, e no período da tarde para os demais cargos. Locais e horários serão publicados a partir do dia 8 de março.
MAIS DETALHES - De acordo com o edital, são 75 vagas para auxiliar em indigenismo (nível fundamental), cujo salário é de R$ 3.080,38. São dez vagas para Roraima e noroeste do Amazonas, 26 para Acre e sudoeste do Amazonas; 26 para Rondônia, noroeste de Mato Grosso e sul do Amazonas; oito para Amapá e Pará; e cinco para Goiás, Maranhão e Tocantins. Outras 150 vagas são para agente em indigenismo (nível médio), com salário de R$ 3.321,90, das quais oito vagas para Roraima e noroeste do Amazonas, oito para Acre e sudoeste do Amazonas, oito para Amazonas Central, incluindo Manaus, 12 para Rondônia, noroeste de Mato Grosso e sul do Amazonas, 18 para Mato Grosso, 18 para Amapá e Pará, 8 para Goiás, Maranhão e Tocantins, 20 para Mato Grosso do Sul, dez para o Sul e Sudeste, 12 para Minas Gerais, sul da Bahia e Espírito Santo, três para o Nordeste (exceto Maranhão) e 25 para Brasília (sede). Outras 200 vagas são para indigenista especializado, que exige formação superior, com remuneração de R$ 4.085,28. São 14 vagas para Roraima e noroeste do Amazonas; 18 para Acre e sudoeste do Amazonas; seis para o Amazonas Central, incluindo Manaus, 18 para Rondônia, noroeste de Mato Grosso e sul do Amazonas; 26 para Mato Grosso; 26 para Amapá e Pará; 24 para Goiás, Maranhão e Tocantins; 22 para Mato Grosso do Sul; oito para Sul e Sudeste; oito para Minas Gerais, Sul da Bahia e Espírito Santo; quatro para Nordeste (exceto Maranhão); e 26 para Brasília (sede). As provas objetivas para todos os cargos e de redação - somente para os cargos de agente em indigenismo e indigenista especializado - serão realizadas nas cidades de Barra do Garça (MT), Belém (PA), Boa Vista (RR), Brasília (DF), Campo Grande (MS), Cuiabá (MT), Fortaleza (CE), Florianópolis (SC), Imperatriz (MA), Lábrea (AM), Macapá (AP), Manaus (AM), Marabá (PA), Palmas (TO), Porto Velho (RO), Recife (PE), Rio Branco (AC), Rio de Janeiro (RJ), Santarém (PA), São Gabriel da Cachoeira (AM), Tabatinga (AM), Vitória (ES) e São Luís (MA).
Os exames estão previstos para o dia 14 de março, na parte da manhã para agente em indigenismo, e à tarde para auxiliar em indigenismo e indigenista especializado.

Confira o edital no seguinte link: http://www.cetroconcursos.com.br/Projetos/FUNAI_2009/Edital-FUNAI.

Mais de 300 milhões de índios vivem em extrema pobreza, afirma ONU

Relatório inédito foi apresentado nesta quinta (14), em nove países.Expectativa de vida de indígenas é 20 anos menor do que a média.
Carolina Lauriano
Do G1, no Rio
Um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) divulgado nesta quinta (14) revela que mais de 300 milhões de índios vivem em extrema pobreza, em áreas rurais do mundo. A população indígena, formada por cerca de 370 milhões de pessoas - em torno de 5% do total mundial - representa um terço das 900 milhões que vivem nesta situação.
A primeira publicação da ONU sobre a situação dos povos indígenas do mundo, produzida pelo Secretariado do Fórum Permanente sobre Questões Indígenas das Nações Unidas, foi lançada no Rio de Janeiro e também, simultaneamente, em Nova York, Bruxelas, Camberra, Manila, México, Moscou, Pretória e Bogotá.
De acordo com o documento, escrito por sete peritos independentes, a expectativa de vida da população indígena é até 20 anos menor do que a média. Os índios também possuem níveis desproporcionais de mortalidade infantil e materna, desnutrição, Aids, além de outras doenças infecciosas como a malária. Obesidade, diabetes e tuberculose são, atualmente, as maiores preocupações em relação à saúde desses povos em países desenvolvidos.
No Rio, o relatório inédito foi apresentado por Marcos Terena, articulador dos direitos indígenas do Comitê Intertribal - Memória e Ciência Indígena (ITC) e membro da Cátedra Indígena Itinerante, e também por Giancarlo Summa, diretor do Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (UNIC Rio).
“Essa é uma questão grave que a ONU quer chamar a atenção com esse relatório”, disse Summa.

Destaques do relatório

O texto alerta sobre a ameaça de extinção das culturas indígenas e afirma que 90% de todos os idiomas indígenas vão desaparecer em 100 anos.
Segundo a ONU, as taxas de suicídio na comunidade indígena, principalmente entre os jovens, são consideradas muito altas em diversos países.
A discriminação étnica e cultural nas escolas, avaliou o relatório, são os principais obstáculos para a igualdade de acesso à educação.
De acordo com o relatório, pesquisas mostram que uma em cada três mulheres indígenas é estuprada. Perguntado sobre o motivo da violência com as índias, Terena afirmou que essa é uma forma de desmoralizar o índio. “O relatório diz que a forma mais fácil de se destruir um povo é o desmoralizando”.
Dados brasileiros

Terena, que é indígena do Mato Grosso do Sul, afirmou que no Brasil há 230 sociedades indígenas, com 180 línguas. Ele disse ainda que 14% do território brasileiro são ocupados por índios.
De acordo com Summa, não há nenhum dado oficial sobre o número exato de índios no Brasil. Ele contou que, em 2000, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apresentou documento dizendo que 15,5% dos brasileiros viviam na extrema pobreza. Quando o cálculo era feito na população indígena do país, no entanto, esse número subia para 38%. Para Terena, um dos desafios a serem enfrentados no país é o debate sobre o assunto. “O governo hoje precisa aprender a dialogar com as comunidades indígenas”. Ele acredita que as políticas públicas no Brasil são atrasadas. Ele afirmou ainda que a situação mais grave hoje no país é a demarcação de terras no Mato Grosso do Sul, que ele considera o estado mais violento do Brasil. Entretanto, o diretor da UNIC Rio disse que o Brasil tem um dos marcos legais mais avançados do mundo.
Fonte: G1 no Rio de Janeiro

domingo, 10 de janeiro de 2010

GLOBO RURAL FAZ REPORTAGEM SOBRE PARQUE NACIONAL DO XINGU E CULTURA MILENAR DOS ÍNDIOS KUIKURO

A Rede Globo apresentou hoje 10 de janeiro de 2010 uma reportagem, no programa Globo Rural, sobre o Parque Nacional do Xingu e em especial os Kuikuro e um pouco de sua cultura.
Se você não assistiu ao Globo Rural no horário tradicional veja agora. Basta clicar nos links:

Parte 1: Conheça o Parque Indígena do Xingu
http://bit.ly/7okP67
Parte 2: Os sabores do Pequi
http://bit.ly/8QfaAU
Parte 3: Festa dos kuikuro
http://bit.ly/7uCrGt
Parte 4: Veja a rotina dos índios kuikuro na aldeia
http://bit.ly/7U7GHb

Mutuá Mehinaku kuikuro aparece na Parte 4 da reportagem, Veja a Rotina dos Índios Kuikuro na Aldeia, dando aula. Mutuá é professor da Rede Estadual do Mato Grosso e está de licença no Rio de Janeiro onde faz seu Mestrado no Museu Nacional/ UFRJ.


Mutuá é também neto de Nahú Kuikuro. Seu avô Nahú, acompanhou os irmãos Leonardo, Cláudio e Orlando Villas Boas, o Marechal Rondon e Darcy Ribeiro na criação do Parque Nacional do Xingu.

Mutuá nasceu na Aldeia Kuikuro de Ipatse do Alto Xingu, Mato Grosso. É licenciado pela Universidade Estadual do Mato Grosso (UNEMAT). Seu projeto de dissertação é "Morfologia e Semântica de neologismos na língua Kuikuro".