terça-feira, 22 de dezembro de 2009
sexta-feira, 18 de dezembro de 2009
Museu do Índio inaugura Galeria de Arte Indígena e exposições sobre os Guarani
O evento integra os espaços expositivos da instituição – Museu das Aldeias, Muro do Museu e a Galeria de Arte Indígena - com uma mesma temática. A proposta, baseada na parceria direta com os índios, é a documentação da sua cultura com foco na cultura material e no processo de produção de bens.
O Coral das crianças Guarani se apresentou e emocionou a todos.
Com nosso Presidente, Márcio Meira, Mutuá e Kamayurá. Kamayurá é a liderança que representa as diversas etnias que residem no Espaço do Antigo Museu do Índio. Mutuá Mehinaku Kuikuro é professor da Rede Estadual do Mato Grosso e está de licença no Rio de Janeiro onde faz seu Mestrado na UFRJ.
Kamayurá e Patxá que moram no Espaço do Antigo Museu do Índio no Maracanã há mais de um ano. Há meses a família trouxe o pequeno Itamauí.A exposição fotográfica "Ojapo Porã'i" acontece no espaço Muro do Museu. São 20 fotos realizadas pelos próprios índios em oficinas organizadas pelo Museu do Índio. Os Guarani vão mostrar para a população da cidade o que eles registraram como um “fazer bonito” (ojapo porá) em suas aldeias do Rio de Janeiro.
A mostra etnográfica "Tape Porã, impressões e movimento - os Mbyá no Rio de Janeiro" com cerca de 60 peças, fotos e vídeos, no Espaço Museu das Aldeias, procura refletir sobre o movimento – o deslocamento - na experiência de vida dos Mbyá, que se liga estreitamente à produção do que eles chamam de “estar bem” (-iko pora ) e que significa tanto estar com saúde quanto estar “alegre” (-vy’a). Os objetos exibidos carregam marcas da história desse povo. A curadoria é assinada pela antropóloga Elizabeth Pissolato.
Na Galeria, a mostra de venda “Ombopara” (grafismo Guarani). A criação da Galeria de Arte Indígena é uma iniciativa do Museu do Índio para agregar um conteúdo social e étnico às peças comercializadas pelos diferentes grupos indígenas brasileiros. Na abertura da Galeria, o destaque inicial é para o grupo Mbyá- Guarani, contextualizando a sua arte no nicho de mercado ecológico, já que os objetos vendidos por eles no Rio de Janeiro são feitos de fibra de bambu. A renda obtida reverterá para as associações Mbyá. O Projeto Guarani conta com o apoio da Fundação Banco do Brasil e da UNESCO.
Os Guarani vivem, hoje, nas Regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste do Brasil, e estão classificados em três grupos: Kaiová, Nhandevá e Mbyá. Com uma população estimada em torno de 34 mil pessoas, mantêm uma unidade linguística e cultural, constituindo-se, assim, numa das maiores etnias indígenas do País. O idioma Guarani pertence à família Tupi-Guarani, do tronco lingüístico Tupi. Há Guarani também em terras situadas em partes da região de Missiones na Argentina, do leste do Paraguai e norte do Uruguai.
Museu do Índio
Rua das Palmeiras 55 – Botafogo
Visitação: de terça a sexta-feira, das 9h às 17h30min; sábados, domingos e feriados, das 13h às 17h.R$3,00 - grátis aos domingos. Até 15 de maio de 2010.

